O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (17/6) que o Brasil é o “celeiro do mundo” na esfera da produção de alimentos e que é “inadmissível” um país com essa posição ter o povo passando fome. Ao problema, ele atribuiu o desperdício como principal causa.
Essas pautas foram discutidas, nesta manhã, pelo Fórum da Cadeia de Abastecimento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que reuniu ministros e atores da sociedade de forma remota para debater a fome no país.
“Notamos o desperdício no Brasil, desde a produção, passando pelo supermercado e até chegar nas nossas mesas. Isso é um grande problema”, disse Guedes.
Ele sugeriu duas saídas: a adequação da carga de impostos para ajudar na acessibilidade dos alimentos, via reforma tributária, e uma proposta menos convencional. “Toda alimentação que não for utilizada aquele dia num [suposto] restaurante dá para alimentar mendigos e pessoas desamparadas. Muito melhor do que estragar a comida”, afirmou.
O ministro ainda criticou os hábitos alimentares brasileiros.
Agricultura familiar
Guedes também comentou que o governo precisa apoiar tanto o abastecimento, como a compra pela pequena agricultura familiar.
“Para isso, é preciso ter mão de obra barata. O Brasil tem uma arma de destruição em massa de empregos, que são os encargos sociais e trabalhistas. Nós precisamos atacar isso”, afirmou o ministro.
Nossa responsabilidade é entender como plugar e trazer todo esse enorme contingente de baixa renda. Os aspectos de sanidade e rastreabilidade são decisivos”, completou. Metrópoles