Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil realizam uma operação conjunta, na manhã desta quinta-feira (11), no Complexo da Maré, na Zona Norte. De acordo com a PM, o objetivo da ação é localizar e prender os criminosos que mataram o policial militar Sandro Santos da Silva, na Avenida Brasil, nas imediações do Parque União, em janeiro deste ano.
Sandro estava acompanhado de outro agente quando foram atingidos por tiros após abordarem um veículo suspeito na avenida. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu durante o atendimento. Ainda de acordo com a corporação, os integrantes de uma das principais quadrilhas de roubos de carga da Região Metropolitana do Rio também são focos da operação conjunta.
Equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC), que também fazem parte da ação, apreenderam logo no início da manhã uma tonelada de drogas na região do Parque União.
Também foram apreendidas uma moto, uma pistola, carregadores e munição. Durante o confronto entre policiais e criminosos, dois suspeitos ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital Federal de Bonsucesso.
Moradores da região registraram a presença de muitos policiais, blindados e um helicóptero.
Equipes do Bope encontraram em diferentes pontos da Maré diversas casamatas, que são muros de concretos com buracos, utilizados pelos traficantes para, segundo a polícia, auxiliar no ataque aos agentes durante ações na comunidade.
Nesta quinta, também acontece o penúltimo dia do 1º Congresso Internacional Falando Sobre Segurança Pública na Maré, com o tema “Segurança pública e violências: contradições, controle social e desafios para garantia de direitos estruturantes”. Para organizadores do evento, a operação é um desrespeito em meio à problemática da discussão.
De acordo com relatos de participantes, o Governo do Estado foi convidado para participar do evento, que é aberto ao público, mas teria recusado o convite e permitido a operação, tema central da discussão proposta. Fonte RLagos