O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prorrogou até o início de dezembro o prazo de coleta de informações para o Censo 2022. Inicialmente a previsão era de que o trabalho fosse encerrado até 31 de outubro deste ano. Segundo o órgão, um pouco mais da metade da população estimada do Brasil foi recenseada, por isso decidiu-se prorrogar o prazo dos trabalhos.
A prorrogação foi lembrada na tribuna da Câmara Municipal de São Gonçalo, nesta quarta-feira, pelo vereador Alexandre Gomes, que mostrou-se preocupado com o baixo número de pessoas ouvidas na cidade. De acordo com o parlamentar, a falta de resposta ao censo prejudica a realização de políticas públicas para a cidade.
— Percorrendo a cidade sempre pergunto as pessoas se elas responderam ao Censo 2022 e 90% das respostas são negativas. Isso é muito preocupante porque são com base nestes dados que os governos federal e estadual e a prefeitura traçam projetos e programas nas áreas da saúde, educação, infraestrutura, segurança pública, social entre outras para a cidade – explicou o parlamentar.
Alexandre Gomes garante que irá propor ao prefeito capitão Nelson uma campanha para orientar a população sobre a importância de receber os recenseadores. E como ela pode e deve participar.
— Existem três formas que você pode responder: diretamente a um dos recenseadores que visitam a sua casa, por e-mail ou por ligação telefônica. Nas duas últimas opções, basta informar ao recenseador a sua escolha e fornecer a ele seu endereço eletrônico ou telefone de contato. Caso a escolha seja o e-mail, você receberá um link com todas as perguntas, que devem ser respondidas em até sete dias – informou o vereador.
A cada 10 anos, o IBGE realiza o Censo Demográfico, que retrata a população brasileira e suas características socioeconômicas, gerando informações essenciais para o planejamento público e privado da década seguinte. Desde o dia 1º de agosto, os recenseadores estão em campo visitando domicílios e estabelecimentos de todos os municípios brasileiros para saber quem somos, onde estamos e como vivemos.
“No questionário estão perguntas como: quantos moram ali e quem são (sexo, idade, cor ou raça)? O domicílio possui coleta de lixo? Qual o tipo de esgotamento sanitário? É próprio ou alugado? Quantos cômodos, banheiros e dormitórios têm? Há ainda uma pergunta sobre educação: sabe ler ou escrever? Tudo isso vai impactar em nosso orçamento, nos projetos voltados para a melhoria da qualidade de vida da população. São Gonçalo já ultrapassou os 1,3 milhão de habitantes e somente com o censo iremos provar isso”, sentenciou Alexandre Gomes.