Política

Artigo: O que vem por aí

O pleito municipal tende a ser menos sobre ideologia, direita ou esquerda, e mais sobre as demandas e personalidades de cada cidade

Começa mais um ano. Em janeiro passado, a essas alturas, boa parte da redação estava frenética cobrindo a posse presidencial. Pouco depois, a bomba atômica do ano caiu sobre Brasília com os ataques em 8 de janeiro. Quase não deu tempo de respirar. Os primeiros dias de 2023 começaram com violência. Para 2024, espero que o cenário seja bem diferente.

Neste ano, temos eleições também, embora os moradores do Distrito Federal só usem as urnas de quatro em quatro anos. O pleito municipal tende a ser menos sobre ideologia, direita ou esquerda, e mais sobre as demandas e personalidades de cada cidade. Mesmo assim, é importante ficarmos de olho para ver o que restou da violência que marcou as últimas eleições.

 

Nas redes, o clima bélico ainda persiste. Desinformação, acusações, xingamentos, nada disso sumiu. Já sabemos o que acontece quando os grupos extremistas se organizam pelas plataformas e decidem agir no “mundo real”. O Legislativo promete inaugurar o ano, em fevereiro, discutindo justamente a regulamentação das redes sociais, especialmente do discurso de ódio e das notícias falsas.

Vamos ver se vai para frente desta vez. No ano passado, as big techs conseguiram barrar qualquer tentativa de responsabilizá-las pelo que acontece em suas plataformas. A discussão voltará à tona neste ano também com outro alvo na mira: a Inteligência Artificial generativa, ou seja, aquelas ferramentas que geram textos e imagens.

Continua ainda a batalha pela reforma tributária, com a regulamentação da medida e sua segunda fase: mudanças no Imposto de Renda. A regulamentação dos trabalhadores por aplicativo também pode ser divulgada em janeiro. O governo prometeu também reduzir o preço das passagens aéreas em 2024.

Escrevo isso para lembrar que, para além da disputa ideológica que marcou 2022 e o início de 2023, as engrenagens da máquina pública continuam rodando e criando medidas que impactam diretamente o cidadão. Todos usamos as redes, aplicativos, pagamos impostos e compramos — ou queremos ser capazes de comprar — passagens de avião. Tudo isso nos afeta. Se não olharmos de forma um pouco mais pragmática para a política, somos atropelados pelas decisões tomadas nas três esferas do Poder.

Meus votos para 2024 são esses. Um olhar mais atento para as decisões que nos afetam, e um debate político menos violento, especialmente nas redes. Feliz ano novo!

 

 

Fonte Correio Braziliense

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