Criminosos no Rio de Janeiro estão vendendo falsificações do “passaporte da vacina” por até R$ 500 em Bitcoins. O documento adulterado é oferecido em grupos de mensagens antivacina. Ele seria usado por pessoas que não tomaram o imunizante contra Covid-19 e querem acessar locais que adotaram a obrigação da comprovação.
Os falsificadores exigem que o pagamento seja antecipado e apenas em criptomoedas para dificultar o rastreamento dos envolvidos no crime, afirma denúncia do jornal O Globo.
“Já tenho o meu, tudo certo”, disse um comprador do passaporte da vacina ao indicar um vendedor no grupo. O anúncio afirma que o preço da falsificação era R$ 200, no entanto, devido à alta procura, o valor subiu e pode aumentar ainda mais.
Os criminosos oferecem um arquivo PDF que imitaria o documento emitido pelo aplicativo ConecteSUS, do Ministério da Saúde. A falsificação traria os dados pessoais do comprador e das duas doses da vacina. Mas os próprios falsificadores avisam que o QR Code do “passaporte da vacina” falso não funciona e, portanto, não deve ser usado em locais que fazem a autenticação do código.
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Nenhuma denúncia
Ao Metrópoles a Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS-Rio) afirmou que não houve nenhuma denúncia formalizada nem flagrante. O órgão também lembrou que quem subtrai e usa documentos de vacinação adulterados comete crime e está sujeito às penalidades legais.
A reportagem procurou também a Polícia do Rio de Janeiro para verificar se existe alguma investigação em andamento sobre a venda de “passaporte de vacina” falsos, mas até o momento não obteve resposta.
Desde setembro é preciso ter o “passaporte da vacina” para entrar em locais como piscinas, pontos turísticos, museus, academias, cinemas e teatros no Rio de Janeiro. A Câmara de Vereadores também já aprovou um projeto de lei que determina multa de R$ 1 mil para pessoas que fraudarem o cartão de vacinação contra a Covid-19.
A comprovação de imunização contra coronavírus também já está sendo exigida em outras nove capitais. As regras já aprovadas determinam a comprovação de imunização para acesso a uma série de ambientes, como bares, restaurantes, clubes, museus, shows, jogos esportivos, academias, cinemas, teatros e até mesmo igrejas. Metrópoles DF