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Braço direito de Beira-Mar em Minas Gerais, Roni Peixoto é morto a tiros BNRJ

Um dos maiores traficantes de Minas Gerais, Roni Peixoto, foi morto a tiros em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (11). A informação foi confirmada pela Polícia Militar (PM).

O corpo dele foi encontrado dentro de um carro na Avenida Engenheiro Felipe Gabrich.

Segundo a PM, Roni estava entrando na garagem de casa quando foi abordado por dois homens encapuzados. Os suspeitos pararam o carro em que ele estava, identificaram-se como policiais civis e atiraram.

Corpo de Roni Peixoto foi encontrado em Santa Luzia — Foto: Sérgio Leite/ TV Globo
Corpo de Roni Peixoto foi encontrado em Santa Luzia — Foto: Sérgio Leite

Quatro minutos depois que a polícia foi acionada, os militares receberam outra ligação, informando sobre um carro, um carro prata, abandonado na Avenida Duque de Caxias, no bairro Quarenta e Dois, a cerca de dois quilômetros do local do assassinato.

O carro estava com o retrovisor quebrado, o vidro aberto e com marcas de sangue. — Foto: Flávia Ayer/TV Globo
O carro estava com o retrovisor quebrado, o vidro aberto e com marcas de sangue. — Foto: Flávia Ayer

De acordo com os policiais, o veículo estava com o retrovisor quebrado, o vidro aberto e marcas de sangue. A polícia constatou também que a placa é clonada. A suspeita é de que ele tenha sido usado para cometer o crime. O material foi recolhido para perícia.

Roni Peixoto foi encontrado morto — Foto: Reprodução/TV Globo
Roni Peixoto foi encontrado morto — Foto: Reprodução/TV Globo

Conhecido como braço direito de Fernandinho Beira-Mar em Minas, Roni atuava na capital, principalmente na Pedreira Prado Lopes, na Região Noroeste, e em toda a Região Metropolitana.

Ele já foi preso por homicídio, posse e porte ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha e tráfico de drogas e era tido como um dos chefes do Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro, em Minas Gerais.

Roni foi condenado a um total de 35 anos de prisão, desde 1995. Em abril de 2019, deixou a cadeia e passou a cumprir pena em regime domiciliar, após cumprir mais de 24 anos em regime fechado.

De acordo com o advogado dele, Leandro Martins, o cliente exercia “trabalho lícito, estava ressocializado e não tinha mais qualquer envolvimento com o crime”. “Esperamos por parte da Polícia Civil uma investigação como de costume: séria, idônea e imparcial”, disse.

Procurada, a Polícia Civil disse, às 16h, que o corpo da vítima ainda está sendo submetido a exames de necropsia e que “o Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette aguarda a chegada de familiares para fazer o reconhecimento do corpo”.

Relembre

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Roni Peixoto tem seis passagens pelo sistema prisional. A primeira foi de agosto de 1995 e maio de 1996, e a última, de julho de 2018 a abril de 2019.

Roni foi condenado a prisão por tráfico de drogas em 1997. A ligação com Beira-Mar teria se intensificado quando o traficante carioca ficou preso em Belo Horizonte.

Ele adquiriu o direito de deixar a prisão durante o dia para trabalhar e, em 2007, foi detido com 460 kg de maconha.

Em 2010, Roni Peixoto foi preso novamente. Investigações da época apontaram que ele era chefe de uma quadrilha e obtinha drogas do Paraná e de São Paulo para serem comercializadas na Grande BH.

No ano seguinte, enquanto cumpria pena no regime semiaberto na Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana, Roni fugiu e entrou na lista dos foragidos mais procurados de Minas Gerais.

Em 2012, ele foi preso dentro de casa, em Goiânia (GO). Roni foi transferido para Minas Gerais e passou a cumprir pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.

Em 2018, passou para o regime semiaberto e obteve os benefícios de saída temporária e trabalho externo. No mesmo ano, a irmã dele, Edna Peixoto, foi presa suspeita de tráfico de drogas.  

Por fim, Roni deixou a cadeia em 2019.  RLagos 

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