O Brasil registrou a primeira morte por varíola dos macacos (Monkeypox) nesta quinta-feira (28/7). De acordo com o Ministério da Saúde, a vítima é um homem de 41 anos, natural de Uberlândia, Minas Gerais. Ele estava internado no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte.
Ainda segundo a pasta, o homem tinha imunidade baixa e comorbidades, incluindo um linfoma, câncer que afeta as células do corpo. A causa da morte foi choque séptico, agravada pelo Monkeypox. Apenas cinco mortes foram registradas no mundo pela doença no surto atual.
Até o momento, segundos os últimos dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 978 casos de varíola dos macacos. Os casos estão concentrados nos estados de São Paulo (744), Rio de Janeiro (117), Minas Gerais (44), Paraná (19), Goiás (13), Bahia (5), Ceará (4), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Tocantins (1), Mato Grosso (1), Acre (1), Santa Catarina (4) e no Distrito Federal (15). Além desses casos, São Paulo confirmou os três primeiros casos em crianças nesta sexta.
A doença é transmitida pelo contato próximo de uma pessoa para outra, pelo contato com lesões, fluídos corporais e materiais contaminados. Na maioria das pessoas, a doença se manifesta de forma leve, porém há risco de agravamento para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. No sábado (23/7), a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
Esta semana, o Ministério da Saúde informou que está negociando a compra de vacinas contra a doença. A pasta afirmou que a recomendação da OMS é que sejam imunizados pessoas que tiveram contato com casos suspeitos e profissionais de saúde com alto risco ocupacional diante da exposição ao vírus. Correio Braziliense.