Com apoio de um helicóptero do Programa Estadual de Transplante (PET), a equipe da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, organizou na manhã desta quinta-feira uma verdadeira força-tarefa para que pulmão, fígado, pâncreas, rim e um coração, captados após a confirmação por morte cerebral de um jovem de 17 anos, chegasse até quatro hospitais do Rio de Janeiro no tempo exato.
A movimentação teve início nas primeiras horas do dia, quando um dos centros cirúrgicos do Centro de Trauma do Heat foi reservado para a realização do procedimento. Todo o planejamento entre captação e transporte levou em conta o tempo de retirada imediata do órgão e o transplante. O coração, por exemplo, deve ser reimplantado entre 2 e 4 horas após a retirada.
— É uma corrida contra o tempo para salvar vidas — garante o diretor do Hospital Estadual Alberto Torres, Raphael Riodades.
Os órgãos foram captados de um jovem de 17 anos, que teve morte cerebral três dias depois de dar entrada na emergência do hospital vítima de acidente de moto. A equipe do CIHDOTT, integrada por médicos, enfermeiros, assistente social e psicólogo, comunicou a morte à família e solicitou a doação, prontamente autorizada.
O Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), administrado pelo Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (Ideas) em parceria com a secretaria estadual de Saúde (SES), está entre as primeiras unidades de saúde do Estado em captação de órgãos. O Heat é uma unidade de urgência e emergência, especializado no socorro a pacientes com múltiplos traumas. O hospital conta com tecnologia de ponta e é referência no Estado do Rio de Janeiro quando o assunto é salvar vidas.