Oito estados brasileiros estão com alerta amarelo, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), devido ao “perigo potencial” de tempestades e chuvas intensas. O alerta está direcionado ao Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Roraima e Sergipe. Na segunda-feira (10/7), o Inmet informou sobre a possibilidade da chegada de um ciclone extratropical, por causa de uma área de baixa pressão continental, posicionada entre o norte da Argentina e o Paraguai, e que ganhou força e avançou para a região Sul do Brasil, podendo chegar também no Sudeste, Centro-Oeste e na Amazônia.
No final de semana, uma forte chuva atingiu o estado de Alagoas e provocou inundações. Cerca de 24 mil pessoas ficaram desabrigadas. Em Pernambuco, mais de 4 mil pessoas estão desalojadas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, para assistir os governos dos estados.
Previsão
Segundo o Inmet, os impactos do ciclone devem ser sentidos e maneira mais intensa na quarta-feira (12/7) e na quinta-feira (13/7). Para essa semana, na região litorânea da costa leste do Nordeste (Sergipe, Alagoas e Bahia), a previsão é de mais chuvas e de tempo instável, por causa do “transporte de umidade vindo do oceano”. Para a próxima semana, no entanto, são previstos baixos acumulados de chuva.
“Com o avanço da frente fria, uma intensa massa de ar frio atingirá o país a partir de quarta-feira. Na terça, as temperaturas máximas caem no Rio Grande do Sul devido ao aumento da nebulosidade e da chuva, mas, a partir de quarta, o ar frio avança sobre o Sul e Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira, a previsão é de que o ar frio atinja áreas de Mato Grosso, Rondônia, sul do Acre, oeste e sul de Goiás, São Paulo, Triângulo Mineiro e sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A previsão indica a tendência de queda de 10°C a 12°C, com relação ao observado no dia anterior, tanto na temperatura mínima, quanto na máxima”, explica o Inmet.
Ao Correio, o metereologista Mamedes Luiz Melo explica que os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul poderão ser mais afetados pelo ciclone, com chuvas, ventos, queda brusca de temperatura e geada. “Ele também vai levar ressaca, que é o aumento do mar, em toda a faixa leste do Rio Grande do Sul até o Paraná. Depois que o ciclone passar, também poderá ter impactos mais fracos em São Paulo e Rio de Janeiro”, pontua o especialista.
Há a possibilidade das rajadas de vento ultrapassarem os 100Km/h. “O mesmo acontece com os volumes de chuva, o que nos preocupa principalmente na região Metropolitana de Porto Alegre, que pode passar dos 100 milímetros, se isso acontecer, vai levar transtorno para a população, que de certa forma vem se recuperando de outro ciclone”, ressalta Mamedes
Fonte Correio Braziliense.