A Polícia Civil de Campinas encontrou na tarde desta quinta-feira (22) 3.775 pés de “skunk”, uma forma mais potente de maconha. A droga foi encontrada em um galpão preparado para o cultivo da planta na cidade de Salto, mas era distribuída na região de Campinas e Sorocaba. Três pessoas foram presas em flagrante.
Os policiais civis do Deinter-2 (Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior) encontraram o galpão climatizado e com iluminação adequada para o cultivo da maconha após uma investigação que durou dois meses. A descoberta começou após rastreamento dos pontos de venda de skunk na cidade.
De acordo com a Polícia, o barracão ficava em uma casa, na Rua Mongólia, no Jardim das Nações. Além disso, o galpão servia como uma espécie de fábrica usada pelo tráfico. Eles usavam ainda energia clandestina, uma vez que o consumo era alto: 24 horas por dia.
“A quadrilha fazia o cultivo e tinha um sistema sofisticado de iluminação, refrigeração, inclusive com filtro de carvão para que o cheiro lá de dentro não atingisse a parte exterior do galpão. Esse tipo de plantio e produção nunca vimos aqui em Campinas”, explicou o delegado responsável pelo Dienter 2, José Henrique Ventura.
Ele conta que o galpão era dividido em três espaços, um de plantio, outro de cultivo e o terceiro já era o setor de comercialização. “Eles tinham todo o procedimento técnico e os insumos importados. Não era uma coisa de fundo de quintal, era uma coisa realmente profissional, o retorno devia ser muito grande”, disse o delegado.
Ele afirmou que a investigação ainda continua para encontrar a chefia da quadrilha.
INDAIATUBA
Segundo o delegado Aldo Galiano, da 2ª Seccional, a venda começou em Indaiatuba. “A gente estranhou a quantidade vendida em Indaiatuba, onde não é comum a venda do skunk”, explicou. Ele também disse que a quadrilha chegou a fazer cursos no exterior e trouxe um técnico de fora do país para ajudar no comércio ilegal.
“A gente já tem indícios da autoria. O ‘patrão’ é uma pessoa acima de qualquer suspeita. Temos dados suficientes pra chegar ao autor. O pessoal que comprou o imóvel estava há seis meses no local e o comércio ali girava há pelo menos um ano”, disse.
A polícia informou ainda que apreendeu papéis com placas de carros, multas e endereços que podem ajudar a encontrar mais envolvidos. Há ainda mais quatro suspeitos envolvidos.