Homens da Polícia Civil realizam uma operação, nesta quinta-feira, para cumprir nove mandados de prisão. Segundo a polícia , uma investigação revelou que uma empresa de provedor de sinal de internet, telefonia e de tv, estaria associada ao tráfico para explorar, com exclusividade, a venda dos serviços para moradores de comunidades com territórios dominados por uma facção criminosa.
Segundo a polícia, a empresa tem clientes em comunidades ocupadas pelo grupo criminosos no município do Rio de Janeiro e nde de Niterói, na Região Metropolitana, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e ainda em Cabo Frio, na Região dos Lagos.
De acordo com a Delegacia de defesa dos Serviços Delegados, a empresa investigada paga valores semanais aos criminosos nessas comunidades para que outras empresas que prestam o mesmo serviço sejam impedidas de atuar nesses locais, criando um monopólio para favorecer o provedor associado ao crime organizado.
Ainda de acordo com as investigações, técnicos de outras empresas de telefonia que tentam instalar redes acabam sendo expulsos das comunidades citadas por traficantes. Os criminosos também vandalizam as redes instaladas, cortando cabos e ateando fogo em equipamentos. E ainda impedem e ameaçam funcionários das concessionárias que tentam fazer os reparos.
Foram identificadas ações dessa natureza nas comunidades do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio,, Manoel Correa e Jardim Nautilus, em Cabo Frio, Vila Tiradentes, em São João de Meriti, e no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, também localizado na Zona Norte. Segundo a polícia, a estimativa é a de que a empresa tenha, somente nessas áreas, mais de 20 mil clientes, totalizando um faturamento bruto mensal de mais de R$ 1 milhão. Fonte RLagos Foto Divulgação